segunda-feira, 29 de junho de 2009

dois vermes

dois pequenos vermes na lama. um queria tentar voar pelo mundo e outro disse: ‘fique aqui perto, é melhor pra você’. mas ele era um mentiroso. o verme acreditou em tudo. os anos passaram e o verme viu que os novos vermes já saiam para voar para longe. ele se arrependeu e quis voar, agora. não adiantava mais, já era velho e o outro, já havia morrido.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

de como olhar para os dois lados

ia escrever um texto meu, aquele que pretendia colocar no concurso e que perdi a inscrição, mas hoje tive mais uma daquelas aulas maravilhosas da minha professora de geopolítica, Luciana Worms. não vou ficar puxando saco dela por aqui (apesar dela merecer, muito), vou direto ao assunto.

hoje a professora passou boa parte da aula explicando conceitos de Direita X Esquerda. sempre achei que grande parte das minhas idéias era de esquerda, e portanto, me achei de esquerda. então, como sempre, entrei em mais uma de minhas contradições: como seguir meu sonho (publicidade) com pensamento de esquerda. longe de mim me declarar de centro. não faz o meu tipo. gosto de tomar partido e defendê-los. não sei ser de outro modo. enfim, acho que tudo foi útil, entendi o que é ser de direita ou de esquerda.

toda minha vida, cresci vendo professores que se declaravam imparciais, mas sempre exaltavam a esquerda, colocando a direita como o lado mesquinho e malvado da vida. algo bem condenável, pra falar a verdade. fico feliz que isso para mim, enfim, se esclareceu e hoje dá pra ver bem a situação. se falei antes das minhas contradições, descobri algo. a direita me abriga.

não acho que todas as pessoas são iguais. acredito na minha individualidade e acredito na individualidade das outras pessoas. acho que as pessoas são bem diferentes, é impossivel alguém impor algo que deve ser considerado ‘o bem comum’ para todos. tenho minha mente, não sou só uma barriga na multidão. existo. não sou de esquerda e também não sou, por completo, alguém maligno e impiedoso. só acredito num sucesso pessoal e que pode ser alvo de alguma corrupção (por que não?). me encontrei em uma ideologia

não vou me levar tão à sério agora. provavelmente, verei isso que escrevi em algum lugar mais a frente e rirei de mim mesmo. me acharei um bobo por escrever algo assim. enfim, por agora, com 17, sei de alguma coisa que pode não ser a minha verdade pra todo sempre,mas  é minha verdade agora.

me declaro de direita e liberal.

terça-feira, 23 de junho de 2009

de como a oportunidade bate ao lado

faz uma semana que eu ando me obrigado a ir até a secretaria me inscrever no ‘concurso’ de literatura alguma coisa da minha escola que o meu professor de Português comentou na sala. é muito fácil chegar na secretaria e pedir o regulamento. fácil, fácil. mais fácil que enfrentar a fila do lanche na escola. a verdade, é que não sei mesmo por que ainda não fui. não sei se é medo, não sei se todo esforço seria em vão. só sei que quero participar, mesmo que seja irrelevante.

quando soube do tal, explodiram ideias da minha cabeça e também do meu coração. passei 2 dias (enquanto eu tive tempo para ter nada na cabeça) pensando no tema com que eu entraria no assunto. não foi difícil eu encontrar tudo. até por que, a história já esta toda montada aqui, pois para mim, é só um grande vômito de impressões que tive há certo tempo na minha vida e que me marcou bem…

não vou comentar sobre o que escreverei antes de escrever.

até porque, como sempre (odeio isso em mim) descompri mais uma vez uma das minhas promessas pessoais. prometi que não ia dizer nada a ninguém que ia participar do dito. resultado: contei. :T é frustante.

mas, me guiando pra parte mais dificil, tentarei fazer mais uma promessa para amanhã. pegarei o regulamento e começarei a escrever (tenho medo de ter acabado as inscrições).

acho que me fará bem(se isso importar a alguém). necessito, desesperadamente, expor meu coração para fora. é esse o resumo da ópera.

 

terminando: mordi a língua há 3 dias, e até hoje ela me lembra o quanto não consigo pensar e comer ao mesmo tempo.

terça-feira, 16 de junho de 2009

de como preciso rever meus conceitos.

confesso. muitas vezes, eu sou bastante hipócrita com os meus mais simples e expostos conceitos e preconceitos. não cabem falar aqui qualquer um deles, mas tenho. principalmente os meus preconceitos, os quais acho o mais grave. o interessante: mesmo sabendo que é uma merda isso em mim, definitivamente, não tenho intenção de mudá-lo. não sei então se sou ou não algo que se deva um auto-valor. tento e desejo acreditar que sim, acredite.

não há muito o porquê ficar expondo minhas maiores hípocrisias em um lugar comum, longe dos meus próprios ossos. aposto, os levarei ao túmulo e não sinto nem qualquer tipo de remosso por isso. é o que eu sou, sujo ou não.

para exemplificar minha pequena ‘disfunção’ tem aqui algo bem simples:
sempre digo para quem quiser ouvir: ‘não tenho preconceitos dependendo de qual’. e instantaneamente começo a discutir minha teoria, que para muitos é um pouco equivocada (claramente que discordo), e logo condeno. condeno. condeno. acho que ganho por isso mas logo vejo que sempre saio ferido por mim mesmo com tais teorias. a verdade, tenho sim preconceitos. e muito,s nas mais variadas formas.

o mais simples de comentar? Clarice Lispector. sempre ouvir milhares de vezes sobre o gênio que era clarice lispector. que ela era isso ou aquilo. simplesmente, criei averssão. simples e fatal. algo sem caso. acho que sempre imaginei que era ela só mais um alvo de ‘super-intelecturas-ultra-machadianos’ do ‘nosso’ país. algo também por ela ser autora brasileira querendo ser algo a mais. enfim, não sei bem o porquê, só sabia que não gostava. Enfim, o destino colocou no vestibular da UFPR o livro Felicidade Clandestina. meu preconceito continuou. mas parou no momento que li o primeiro conto. fui lendo e fui lendo e ‘acordei’. meu preconceito me cegava, e muito. descobri algo em que me encontrei. descobri que Ela me entende de algum modo. assim como em Goethe, encontrei alguém em quem me apoiar e descarregar. um quase sonho clandestino.

não sei como concluir, só sei que tudo isso é meio auto-destrutivo. não sei como melhorar e talvez nem queira. só sei que isso tudo, deixa, cada vez mais, a minha felicidade mais clandestina.

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