terça-feira, 16 de junho de 2009

de como preciso rever meus conceitos.

confesso. muitas vezes, eu sou bastante hipócrita com os meus mais simples e expostos conceitos e preconceitos. não cabem falar aqui qualquer um deles, mas tenho. principalmente os meus preconceitos, os quais acho o mais grave. o interessante: mesmo sabendo que é uma merda isso em mim, definitivamente, não tenho intenção de mudá-lo. não sei então se sou ou não algo que se deva um auto-valor. tento e desejo acreditar que sim, acredite.

não há muito o porquê ficar expondo minhas maiores hípocrisias em um lugar comum, longe dos meus próprios ossos. aposto, os levarei ao túmulo e não sinto nem qualquer tipo de remosso por isso. é o que eu sou, sujo ou não.

para exemplificar minha pequena ‘disfunção’ tem aqui algo bem simples:
sempre digo para quem quiser ouvir: ‘não tenho preconceitos dependendo de qual’. e instantaneamente começo a discutir minha teoria, que para muitos é um pouco equivocada (claramente que discordo), e logo condeno. condeno. condeno. acho que ganho por isso mas logo vejo que sempre saio ferido por mim mesmo com tais teorias. a verdade, tenho sim preconceitos. e muito,s nas mais variadas formas.

o mais simples de comentar? Clarice Lispector. sempre ouvir milhares de vezes sobre o gênio que era clarice lispector. que ela era isso ou aquilo. simplesmente, criei averssão. simples e fatal. algo sem caso. acho que sempre imaginei que era ela só mais um alvo de ‘super-intelecturas-ultra-machadianos’ do ‘nosso’ país. algo também por ela ser autora brasileira querendo ser algo a mais. enfim, não sei bem o porquê, só sabia que não gostava. Enfim, o destino colocou no vestibular da UFPR o livro Felicidade Clandestina. meu preconceito continuou. mas parou no momento que li o primeiro conto. fui lendo e fui lendo e ‘acordei’. meu preconceito me cegava, e muito. descobri algo em que me encontrei. descobri que Ela me entende de algum modo. assim como em Goethe, encontrei alguém em quem me apoiar e descarregar. um quase sonho clandestino.

não sei como concluir, só sei que tudo isso é meio auto-destrutivo. não sei como melhorar e talvez nem queira. só sei que isso tudo, deixa, cada vez mais, a minha felicidade mais clandestina.

2 Comentários:

Rê Menon. disse...

Pois é Clarice também me entende... e muito.
Eu não consigo entender como muitas pessoas (muitas mesmo!) não gostam dela... meu preconceito nasce agora: só sendo muito fraco intelectualmente para odiá-la.

Também gostei daqui. Voltarei mais vezes! =)

Carol disse...

Queria muuuuito ler esse livro *o*
Saulo, invejo teus dedinhos.

Postar um comentário

  ©Template by Dicas Blogger.

TOPO